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No dia seguinte...

O sol começava a entrar pelas frestas da parede de maderia da cabana, quando Eduardo abriu os olhos assutado. Teve um sonho com sua família e pela primeira vez sentiu falta de casa. No dia anterior fizeram de tudo, se divertiram muito. Até dava pra estar feliz, apesar de ter levado trẽs cuecões de Tiago que deixaram seu rego assado, pensou Eduardo. - Acorda Tiago. Precisamos ir embora, nossos pais devem estar preocupados. Tiago virou-se para o lado, não dando muita atenção, soltando novamente um sonoro pum, que acordou Lucas. O menino magrello então esticou os braços quase que se quebrando ao meio. Sua barriga deu um grito de fome. Levantou e caminhou vagarosamente para fora da cabana e logo viu o mestre sentado, apreciando o horizonte. - Mestre, não te incomoda ficou só nesse lugar? - perguntou Lucas, o menino magrelo. - Às vezes sim, às vezes não! - respondeu o mestre. Eu passei
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Capítulo 9 - Mais um dia na floresta.

          Os discípulos passaram a manhã conhecendo o lugar, que era lindo. Visitaram o pomar e comeram até a barriga estufar querendo explodir.           Depois aproveitaram o rio ao lado da cabana para nadar e se refrescar. Fez um dia lindo de sol e calor e por um momento até esqueceram que estavam perdidos em uma floresta. Aquele lugar pra eles até parecia um acampamento de férias, tantas as possibilidades de diversão.           - Lugar da hora heim - disse Tiago.           - Bem legal - respondeu Eduardo enquanto dava umas pequenas braçadas com seus curtos bracinhos .           O magrelo Lucas, um pouco distante, parecia uma prancha de surfe e se deslocava  em alta velocidade, auxiliado pelo vento. O mestre estava sentado à margem do rio, um pouco à frente e segurava uma improvisada vara de pescar. Esperava pegar um bom peixe para o primeiro almoço em companhia de alguém em muitos anos. Ter companhia era bom e ele estava muito feliz.  

Capitulo 8 - A cabana.

          O sol já aparecia forte pela entrada da caverna. O mestre pediu aos meninos que o acompanhassem até sua cabana, pois lá teriam o que comer.            Comer... obaaaaa , pensou o comilão Eduardo já faminto.           Os três decidiram acompanhar aquele tiozão , afinal não tinham muitas opções. Seguiram então pelo meio da mata por um caminho sem trilhas e com o mestra à frente.            Lucas olhou para Tiago e disse:            - Nossos pais devem estar muito preocupados. Será que já estão nos procurando?           - Nem me fale. Meu pai vai falar um monte! - respondeu Tiago.           - E você no lugar dele não ia falar? Não ficaria preocupado? - indagou Lucas ainda com o rego assado e dolorido.           - Tem razão. Com certeza!          Continuaram caminhando por quase uma hora. Eduardo enfiou a mão na mochila e pegou seu esquecido celular., mas nada de sinal. Logo chegaram à margem de um rio, talvez o mesmo em que Lucas refrescou o rego assado e avistaram a humilde c

Capítulo 7 - Conhecendo melhor o mestre.

          Eduardo não gostou muito da brincadeira do homem. Ainda tímido e coçando a cabeça insistiu nas perguntas:           - O que  senhor faz aqui perdido no meio da floresta?           O homem franziu a testa e com um ar misterioso e indecifrável contou resumidamente sua história. Ele vivia na cidade e levava uma vida tranquila. Tinha um pequeno comércio onde trabalhava com a esposa e do qual sobrevivia. Não tinha filhos.            Certo dia bandidos invadiram seu comércio e roubaram todo o dinheiro do caixa. Extremamente violentos e não satisfeitos com a pequena quantia de dinheiro que conseguiram, atiraram em sua esposa, que logo após veio a falecer.           Com a perda da esposa ele chegou ao fundo do poço, dominado pela tristeza. Não saía mais de casa, não abriu mais a loja e não se alimentava mais direito. Sua vida havia perdido o sentido.           Foi quando em um sonho muito real ele teve uma visão. Viu um ser de luz que pedia para que largasse tudo e se mudasse. Semp

Capitulo 6 - Enfim, o encontro com o mestre.

          Eduardo abriu os olhos ainda meio sonolento e tomou um susto. Bem ali, sentado ao lado das cinzas da fogueira, havia um homem que olhava para eles. Sem dizer nada  e tremendo de susto e de medo, ele cutucou Lucas, que se deitara a seu lado. Este resmungou algo incompreensível e virou-se. Eduardo então cutucou Tiago, tentando acordá-lo.           - Acorda Tiago! - disse ele com a voz tremula .           - O que foi cara! - respondeu ele bocejando.           Ao abrir os olhos e ver aquele homem, Tiago deu um pulo e levantando-se rapidamente, colocou-se em posição defensiva, como um mestre de Kung Fu. Lucas acordou com o barulho de Tiago, mas ainda sonolento não entendia o que estava acontecendo.           - Quem é o senhor? O que o senhor quer? - perguntou Tiago assustado .           - Calma! - disse o homem. - Quero ajudar!           Lucas e Eduardo permaneceram quietos, apenas observando.           - Como vieram parar aqui?           - Nós estávamos seguindo a trilha com

Capítulo 5 - A caverna.

          Um pouco a diante Eduardo e Tiago encontraram Lucas refrescando o rego assado em um outro rio.           - Mano, aquela planta desgraçada assou meu rego inteirinho! Tava queimando tudo! - gritou ele de dentro da água.           - Que planta será que era? - perguntou Tiago ainda rindo.           - Sei lá, só sei que arde pra caramba!           Os três sentaram-se à margem do rio, agora preocupados. Lucas sentou-se com cuidado. Daqui a pouco começaria a anoitecer e o que eles menos queriam era passar a noite naquela floresta. E para piorar, nuvens negras tomaram conta do céu indicando a chegada de uma tempestade.             Não demorou muito e começou a chover. Eles então sairam em busca de um abrigo para se proteger. Logo encontraram, à beira de um morro, uma abertura para o que parecia uma pequena caverna. Não pensaram duas vezes e entraram correndo, enquanto a tempestade piorava.           O lugar estava escuro. Eduardo enfiou a mão na mochila e pegou um isqueiro. Quando o

Capitulo 4 - Uma escultura na floresta.

          Lucas se aproximou correndo da moita mais próxima. Ele suava frio e gemia se contorcendo. Com uma rapidez espantosa abaixou a bermuda levando junto a velha cueca surrada de tantos anos de uso até o chão. A distância, Eduardo e Tiago se acabavam de tanto rir.           Ele então se abaixou velozmente e soltando outro leve gemido, seguido de um novo pum fedorento, começo a chapiscar a floresta. Lucas sempre foi conhecido por entupir repetidamente as privadas por onde passava. Janete , a encarregada de limpeza da escola, ficava impressionada com o tamanho dos "submarinos" que ele soltava. Como pode um menino tão magro e sem bunda soltar uns troços deste tamanho , pensava ela, enquanto sofria para desentupir o vaso sanitário.           Ali, perdido na floresta, Lucas não fez por menos. Concluiu o "serviço" deixando esculpida uma grande escultura que se destacava ao longe, bem ao lado da moita condenada.           Eduardo e Tiago ficaram impressionados c