O sol já aparecia forte pela entrada da caverna. O mestre pediu aos meninos que o acompanhassem até sua cabana, pois lá teriam o que comer.
Comer... obaaaaa, pensou o comilão Eduardo já faminto.
Os três decidiram acompanhar aquele tiozão, afinal não tinham muitas opções. Seguiram então pelo meio da mata por um caminho sem trilhas e com o mestra à frente.
Lucas olhou para Tiago e disse:
- Nossos pais devem estar muito preocupados. Será que já estão nos procurando?
- Nem me fale. Meu pai vai falar um monte! - respondeu Tiago.
- E você no lugar dele não ia falar? Não ficaria preocupado? - indagou Lucas ainda com o rego assado e dolorido.
- Tem razão. Com certeza!
Continuaram caminhando por quase uma hora. Eduardo enfiou a mão na mochila e pegou seu esquecido celular., mas nada de sinal. Logo chegaram à margem de um rio, talvez o mesmo em que Lucas refrescou o rego assado e avistaram a humilde cabana. O lugar parecia cenário de um filme tipo Lagoa Azul ou Robson Cruzoé, com a cabana ali, feita de madeira e palha seca, bem no meio do nada. Logo atrás da cabana dava para ver uma pequena plantação com um pomar com alguns "pés" de frutas.
- Sejam bem vindos - disse o mestre adentrando à cabana.
Os meninos o seguiram. O interior da cabana também era bem humilde, com um tipo de fogão à lenha, uma pequena chaminé improvisada, uma madeira que seria de pia, uma mesa de madeira torta e um cantinho que servia de quarto, com palhas imitando um colchão.
Logo Eduardo avistou uma cesta cheia de frutas. Correu e pegou uma banana pequena, que devorou rapidamente. O mestre, que olhava atento as reações dos meninos achou engraçado aquele pequeno grande homem comilão.
- Samurai Bananinha! Pequeno mas come feito um boi! - disse sorrindo.
Eduardo, agora apelidado pelo mestre de Bananinha, coçou a cabeça.
- E não cresce nem engorda. - completou Tiago. - Deve ter um monte de lombrigas aí nessa barriga.
O mestre soltou uma gostosa gargalhada.
- Lombriga nada. Tem mesmo é uma anaconda aí dentro! - disse Lucas rindo.
Eduardo não resistiu e soltou um riso avergonhado. O mestre continuou a gargalhada, enquanto Tiago sem querer deixou escapar um sonoro pum.
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