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Mostrando postagens de janeiro, 2009

Capitulo 8 - A cabana.

          O sol já aparecia forte pela entrada da caverna. O mestre pediu aos meninos que o acompanhassem até sua cabana, pois lá teriam o que comer.            Comer... obaaaaa , pensou o comilão Eduardo já faminto.           Os três decidiram acompanhar aquele tiozão , afinal não tinham muitas opções. Seguiram então pelo meio da mata por um caminho sem trilhas e com o mestra à frente.            Lucas olhou para Tiago e disse:            - Nossos pais devem estar muito preocupados. Será que já estão nos procurando?           - Nem me fale. Meu pai vai falar um monte! - respondeu Tiago.           - E você no lugar dele não ia falar? Não ficaria preocupado? - indagou Lucas ainda com o rego assado e dolorido.           - Tem razão. Com certeza!          Continuaram caminhando por quase uma hora. Eduardo enfiou a mão na mochila e pegou seu esquecido celular., mas nada de sinal. Logo chegaram à margem de um rio, talvez o mesmo em que Lucas refrescou o rego assado e avistaram a humilde c

Capítulo 7 - Conhecendo melhor o mestre.

          Eduardo não gostou muito da brincadeira do homem. Ainda tímido e coçando a cabeça insistiu nas perguntas:           - O que  senhor faz aqui perdido no meio da floresta?           O homem franziu a testa e com um ar misterioso e indecifrável contou resumidamente sua história. Ele vivia na cidade e levava uma vida tranquila. Tinha um pequeno comércio onde trabalhava com a esposa e do qual sobrevivia. Não tinha filhos.            Certo dia bandidos invadiram seu comércio e roubaram todo o dinheiro do caixa. Extremamente violentos e não satisfeitos com a pequena quantia de dinheiro que conseguiram, atiraram em sua esposa, que logo após veio a falecer.           Com a perda da esposa ele chegou ao fundo do poço, dominado pela tristeza. Não saía mais de casa, não abriu mais a loja e não se alimentava mais direito. Sua vida havia perdido o sentido.           Foi quando em um sonho muito real ele teve uma visão. Viu um ser de luz que pedia para que largasse tudo e se mudasse. Semp

Capitulo 6 - Enfim, o encontro com o mestre.

          Eduardo abriu os olhos ainda meio sonolento e tomou um susto. Bem ali, sentado ao lado das cinzas da fogueira, havia um homem que olhava para eles. Sem dizer nada  e tremendo de susto e de medo, ele cutucou Lucas, que se deitara a seu lado. Este resmungou algo incompreensível e virou-se. Eduardo então cutucou Tiago, tentando acordá-lo.           - Acorda Tiago! - disse ele com a voz tremula .           - O que foi cara! - respondeu ele bocejando.           Ao abrir os olhos e ver aquele homem, Tiago deu um pulo e levantando-se rapidamente, colocou-se em posição defensiva, como um mestre de Kung Fu. Lucas acordou com o barulho de Tiago, mas ainda sonolento não entendia o que estava acontecendo.           - Quem é o senhor? O que o senhor quer? - perguntou Tiago assustado .           - Calma! - disse o homem. - Quero ajudar!           Lucas e Eduardo permaneceram quietos, apenas observando.           - Como vieram parar aqui?           - Nós estávamos seguindo a trilha com

Capítulo 5 - A caverna.

          Um pouco a diante Eduardo e Tiago encontraram Lucas refrescando o rego assado em um outro rio.           - Mano, aquela planta desgraçada assou meu rego inteirinho! Tava queimando tudo! - gritou ele de dentro da água.           - Que planta será que era? - perguntou Tiago ainda rindo.           - Sei lá, só sei que arde pra caramba!           Os três sentaram-se à margem do rio, agora preocupados. Lucas sentou-se com cuidado. Daqui a pouco começaria a anoitecer e o que eles menos queriam era passar a noite naquela floresta. E para piorar, nuvens negras tomaram conta do céu indicando a chegada de uma tempestade.             Não demorou muito e começou a chover. Eles então sairam em busca de um abrigo para se proteger. Logo encontraram, à beira de um morro, uma abertura para o que parecia uma pequena caverna. Não pensaram duas vezes e entraram correndo, enquanto a tempestade piorava.           O lugar estava escuro. Eduardo enfiou a mão na mochila e pegou um isqueiro. Quando o

Capitulo 4 - Uma escultura na floresta.

          Lucas se aproximou correndo da moita mais próxima. Ele suava frio e gemia se contorcendo. Com uma rapidez espantosa abaixou a bermuda levando junto a velha cueca surrada de tantos anos de uso até o chão. A distância, Eduardo e Tiago se acabavam de tanto rir.           Ele então se abaixou velozmente e soltando outro leve gemido, seguido de um novo pum fedorento, começo a chapiscar a floresta. Lucas sempre foi conhecido por entupir repetidamente as privadas por onde passava. Janete , a encarregada de limpeza da escola, ficava impressionada com o tamanho dos "submarinos" que ele soltava. Como pode um menino tão magro e sem bunda soltar uns troços deste tamanho , pensava ela, enquanto sofria para desentupir o vaso sanitário.           Ali, perdido na floresta, Lucas não fez por menos. Concluiu o "serviço" deixando esculpida uma grande escultura que se destacava ao longe, bem ao lado da moita condenada.           Eduardo e Tiago ficaram impressionados c

Capitulo 3 - Bolacha Traquinas.

          Eduardo passou a mão na barriga. Estava com fome. De todos os três, ele era o mais comilão. Pequeno, na hora das refeições se escondia atrás de pratos gigantes, mais parecidos com uma montanha de comida. Pra onde vai tanta comida , pensavam todos, comparando o tamanho do prato enorme com o pequeno porte do menino.           Sentou-se em baixo da árvore mais próxima, abriu a mochila e sacou um pacote de bolachas Traquinas de chocolate, a sua favorita. Lucas e Tiago, não menos fominhas , vieram correndo. Em poucos  segundos devoraram a bolacha toda.           - Não deu nem pro cheiro! - disse Eduardo abrindo uma garrafa de água e tomando um gole.           - Pior ! - respondeu Tiago. - Não tem mais aí não?           - Acabou, mas deu pra dar uma enganada no estômago! - completou Eduardo guardando a garrafa e a embalagem vazia na mochila.           Lucas estava mais preocupado com o fato de estarem perdidos. Mas acreditava que logo o grupo daria falta deles e voltariam para p

Capítulo 2 - Hora de se refrescar.

          Os professores seguiam na frente com o grupo de alunos pela trilha. A cada novidade, o professor Jorge apontava e fazia explicações. O professor Luiz seguia junto, admirado com a beleza do lugar. Um pouco atrás vinham Lucas, Eduardo e Tiago, inteiramente desinteressados pelas explicações do professor. Eles já estavam muito cansados.            Logo chegaram a uma descida que passava bem ao lado de um lindo rio. O calor era escaldante e os alunos questionaram ao professor se poderiam dar uma refrescada na água. O professor não permitiu, pois havia o risco de algum aluno se afogar e tinham que seguir em frente para chegar ao final da trilha na hora programada. Contrariados eles seguiram.           Tiago passou a mão pela testa, enxugando o suor e disse sorrindo:            - O professor ta viajando. Até parece que eu não vou dar uma mergulho nessa água.            - Não dá tempo Tiago. E o professor vai embassar . - disse Eduardo.            - Que nada. A gente entra rapidi

Capítulo 1 - Como a aventura começou.

         Quando o professor Jorge teve a ideia de reunir os alunos de sua turma do curso Senai para uma trilha em plena mata atlântica, ele sabia que precisariam ter muito cuidado. Por isso chamou o professor Luiz para ajudá-lo com o grupo. A trilha era maravilhosa e o professor Luiz adorou a ideia .           Eles partiram por volta das seis da manhã em um micro- ônibus alugado que os deixou na entrada da fazenda onde iniciava a trilha. Depois de percorrerem mais de quatro horas por dentro da mata densa, atravessando lindas paisagens, conhecendo plantas nativas,  avistando belas aves e lindos rios, eles pretendiam chegar com segurança e ainda com a luz do dia ao final da trilha, onde o mesmo micro- ônibus estaria esperando.           Tudo daria certo e o passeio seria maravilhoso e muito educativo, pensava o professor Jorge. Ele já conhecia a trilha de passeios anteriores. O professor Luiz concordara. Eles só não contavam com as fanfarrices dos três meninos.

O mestre e os três discípulos - Uma aventura na floresta.

          Seguindo a caminho do rio, o mestre ia na frente pensativo. Logo atrás vinham os três meninos, discípulos do mestre. O mais novo deles, Eduardo, era baixinho. Seus cabelos curtos e escovados lhe davam um ar de menino maluco e seus olhos puxados lhe conferiam um aspecto de um pequeno samurai vindo de uma aldeia Playmobil . Suas pernas curtas se apressavam para acompanhar os passos do mestre e a cada passo deste, parecia dar outros três. A seu lado seguia Lucas, o segundo discípulo. Lucas era o mais alto, mas também o mais magro de todos, um tipo salsicha. Mantinha sempre um ar tranquilo em sua face e parecia a toda hora estar pensando em algo que ninguém conseguia decifrar. Era moreno, esguio e seus cabelos lembravam os penteados da época dos antigos Beatles. À sua esquerda vinha Tiago , o mais bagunceiro , tagarela e barrigudo dos três. Tinha os cabelos bem curtos, olhos negros, grandes e sobrancelhas enormes. Tiago era um menino muito ativo e não conseguia ficar parado n

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Depois de muito relutar sobre a real necessidade de manter um blog, decidi me redender ao formato. Estarei postando aqui minhas idéias, contos e histórias para que possa dividir com vocês, meus amigos dessa jornada maravilhosa chamada VIDA, as minhas experiências literárias. Espero que gostem.